Câncer: apoio familiar é fundamental

Diante do medo, insegurança e esperança, além da rotina pesada de exames e tratamentos, a batalha contra o câncer também é fortalecida pelo amor e companheirismo de pessoas queridas.

O câncer é uma doença que dificilmente afeta única e exclusivamente a pessoa doente. Durante o diagnóstico e o tratamento, toda a constelação familiar se envolve e acaba afetada de alguma forma, gerando um estresse emocional muitas vezes transformador. Por isso, a participação da família é tão importante quanto o tratamento definido. Ler mais

Teste do coraçãozinho na triagem neonatal

Todas as maternidades da rede pública de saúde devem realizar a oximetria de pulso – Teste do Coraçãozinho –, como parte da triagem neonatal no Sistema Único de Saúde (SUS). Na triagem, a oximetria de pulso deve ser realizada no braço direito do recém-nascido e em uma das pernas. O exame já era oferecido em algumas maternidades da rede pública de saúde e, agora, se junta aos testes do pezinho, da orelhinha e do olhinho, feitos de forma universal nos recém-nascidos para identificar doenças e tratá-las precocemente.

O exame detecta a saturação de oxigênio no sangue e pode identificar cardiopatias (problemas de coração) críticas. “No Teste do Coraçãozinho, se a taxa de oxigênio estiver abaixo do valor normal, 95% em ambas as medidas (braço e perna) e diferença menor que 3% entre as medidas do braço em comparação com a da perna, existe a possibilidade de que o recém-nascido tenha cardiopatia. O teste é uma triagem e o recém-nascido que apresentar alterações deverá realizar o ecocardiograma e não receber alta até que o diagnóstico seja esclarecido”, explica a pediatra Tatiana Coimbra, coordenadora-adjunta de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.

A pediatra ressalta que diagnosticar a cardiopatia em recém-nascidos aumenta as chances da eficácia do tratamento, que na maioria das vezes, é cirúrgico. “E isso diminui o percentual de recém-nascidos que recebem alta sem o diagnóstico de problemas que podem levar a óbito ainda no primeiro mês de vida”, esclarece.

O teste deve ser feito na maternidade, entre 24 e 48 horas após o nascimento. Entre os anos de 2000 e 2012, mais de 15 mil crianças com menos dois anos de idade foram a óbito em decorrência de complicações ou transtornos cardíacos no Brasil, de acordo com os dados disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).

De acordo com o Departamento de Cardiologia e Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de um a dois de cada mil recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica e 30% destes recém-nascidos recebem alta hospitalar sem o diagnóstico, podendo evoluir para choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de receber tratamento adequado.

Fonte: Blog da Saúde / Ministério da Saúde

Diagnóstico precoce aumenta chance de cura do câncer de mama

O câncer de mama é primeira causa de mortes frequentes por câncer em mulheres e a quinta causa de morte por câncer em dados gerais, segundo Organização Mundial da Saúde.

Esse tipo de câncer é uma doença causada pela multiplicação anormal das células da mama, que forma um tumor maligno. Quando descoberto no início, o câncer de mama tem cura.

Como detectar precocemente – Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia. Para o controle do câncer de mama, é recomendado que as mulheres realizem exames periodicamente, mesmo que não tenham alterações. É necessário que a mulher conheça o próprio corpo e caso veja alguma alteração, já procure atendimento médico, pois o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde em atendimento hospitalar qualificado para essa atividade. O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura do câncer de mama.

O exame clínico das mamas é o procedimento onde o médico ou enfermeiro observa e apalpa as mamas da paciente na busca de nódulos ou outras alterações e deve ser realizado conforme as recomendações técnicas do Consenso para o Controle do Câncer de Mama.

A mamografia é a radiografia da mama que é capaz de mostrar lesões em fase inicial e até muito pequenas (milímetros) e assim, permite a detecção precoce do câncer de mama. Segundo o INCA, o exame é realizado em um aparelho de raio X apropriado, o mamógrafo. Nesse aparelho, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável.

Fonte: Blog da Saúde / Ministério da Saúde

Especialista orienta sobre diferença entre nódulo benigno e câncer de mama

Mulheres que realizam o exame das mamas, seja apalpando durante o banho ou através de testes de imagem como a mamografia, podem notar o surgimento de nódulos e se assustarem com a associação ao câncer. Mas nem todo nódulo pode ser sinal da doença. Conhecer melhor o tipo e ficar de olho na saúde ajuda a encontrar o melhor tratamento e a prevenção de enfermidades mais graves.

Segundo o médico sanitarista e epidemiologista do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), Arn Migowski, as causas dos nódulos são diversas, pois o termo é genérico, podendo incluir alterações benignas assim como o câncer de mama. “Nódulo mamário é o termo técnico para o que a população geralmente chama de caroço no seio, e é usado antes da confirmação do diagnóstico. Eles podem corresponder a alterações benignas da mama ou câncer. As alterações benignas são as mais comuns, principalmente se considerarmos as mulheres mais jovens”, declara.

Os nódulos mamários podem aparecer em qualquer fase da vida. “O fibroadenoma, que é o tumor benigno mais frequente, é mais comum em mulheres jovens com idades entre 20 e 50 anos. Eles tendem a aumentar de volume quando a mulher engravida e a regredir na menopausa”, explica Arn. Já os nódulos que indicam um câncer são mais prevalentes em mulheres após os 50 anos. “Por isso, um nódulo mamário em uma mulher de 65 anos, por exemplo, é mais frequentemente diagnosticado com câncer de mama do que um nódulo mamário em uma mulher com 40 anos, mas isso não quer dizer que não existam casos de câncer de mama em mulheres jovens”, reforça.

Os cistos também podem confundir as mulheres na hora do exame. Segundo Arn, um nódulo pode ser um cisto, mas o cisto é apenas um dos diagnósticos possíveis para o nódulo mamário. Os cistos simples são alterações benignas, mas podem ou não indicar um câncer, por isso, todo cisto deve também ser investigado.

Mesmo que na maioria das vezes o nódulo seja benigno, ele continua sendo o principal sinal do câncer de mama. “As mulheres devem conhecer o aspecto normal de suas mamas e as variações que ocorrem normalmente com elas no ciclo menstrual e com o avançar da idade. Se perceberem algo fora do normal devem procurar um médico para avaliação. Devem estar particularmente alertas para nódulos endurecidos e pouco móveis”, alerta.

Embora seja mais comum em mulheres, os nódulos também podem surgir nos homens. “Cerca de um em cada cem casos de câncer de mama ocorre em homens. O principal sinal para eles é a presença de um caroço ou nódulo endurecido na região da aréola, a pele em torno dos mamilos, especialmente em apenas uma das mamas. Geralmente ocorre em homens com mais de 50 anos, sendo mais comum em torno de 65 a 67 anos.”

O tratamento dos nódulos é variado. Nos casos benignos, alguns podem regredir espontaneamente, outros, como no caso de alguns cistos, precisam ser aspirados. No câncer de mama, existem diversos protocolos de tratamento e que dependerão de diversos fatores como os relacionados às características do tumor e à presença ou não de câncer em outras áreas do corpo.

Para Arn, o consumo de bebidas alcoólicas pode potencializar o desenvolvimento do câncer de mama. “A obesidade, especialmente após a menopausa, também está associada ao aumento do risco. Estima-se que uma dieta equilibrada e a prática de atividade física regular poderiam evitar quase 30% dos casos de câncer de mama. Terapias de reposição hormonal devem ser feitas apenas se indicadas pelo médico, avaliando seus riscos e benefícios, e quando necessárias, pelo menor tempo possível”. A amamentação também reduz o risco de câncer de mama. Quanto mais tempo a mulher amamentar, maior será sua proteção contra a doença.

Fonte: Blog da Saúde/Fabiana Conte/Comunicação Interna do Ministério da Saúde